Dicas de alimentos que ajudam a desinflamar o corpo ganham destaque durante o Maio Roxo
O mês de maio marca a campanha Maio Roxo, que tem como objetivo conscientizar a população sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa. A iniciativa busca ampliar o debate sobre o diagnóstico precoce, o combate ao preconceito e a importância do tratamento multidisciplinar, com destaque especial para a alimentação como aliada no controle da inflamação.
Segundo o especialista e professor Aldeir Sabino, do curso de Nutrição da Faculdade Internacional da Paraíba (FPB), a alimentação tem um papel fundamental na modulação da inflamação no organismo, especialmente em pacientes diagnosticados com DIIs. “Pacientes com doenças inflamatórias intestinais precisam de uma alimentação equilibrada, que ajude a reduzir os processos inflamatórios e melhore a saúde intestinal. Alimentos naturais, ricos em antioxidantes e compostos anti-inflamatórios, são aliados importantes nesse cuidado diário”, afirma o docente.
Entre os alimentos que auxiliam na redução da inflamação, destacam-se as frutas vermelhas, como morango, amora e mirtilo, que são ricas em antioxidantes como as antocianinas; os peixes gordurosos, como salmão e sardinha, fontes de ômega-3 com ação anti-inflamatória; e o azeite de oliva extravirgem, que contém polifenóis com efeitos protetores. Vegetais verde-escuros, como espinafre, couve e brócolis, também são recomendados por fornecerem fibras, vitaminas e minerais essenciais para o equilíbrio da microbiota intestinal. A cúrcuma (açafrão-da-terra), conhecida por sua curcumina de ação anti-inflamatória, e alimentos fermentados como iogurte natural também merecem destaque por contribuírem para a saúde do intestino.
O professor Aldeir ressalta, ainda, a importância de evitar alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares, gorduras trans e aditivos químicos, que podem agravar os sintomas e piorar o quadro inflamatório. “É fundamental que esses pacientes tenham acompanhamento nutricional individualizado, com orientações específicas para cada fase da doença. As escolhas alimentares devem ser cuidadosas e adaptadas à realidade de cada pessoa”, completa.